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O sistema aberto MAR-PRAIA-MAR... organismo vivo, dinâmico e cíclico!

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  As mudanças climáticas são eventos que ocorrem naturalmente na história da Terra, podendo apresentar durações estimadas em meses ou algumas centenas de anos, incluindo também nessa questão os ajustamentos isostáticos, os efeitos tectônicos locais, as mudanças da pressão atmosférica, a circulação termohalina e a deformação do geoide por efeitos gravitacionais. Alterações da distribuição, frequência e intensidade dos fenômenos atmosféricos e das características físicas e químicas dos oceanos são sinais de mudanças climáticas, tendencialmente continuarão a ocorrer no futuro de forma cíclica e em constante relação com os fatores astronômicos. Essas alterações podem repercutir em escalas mais locais, caracterizadas por causas deposicionais que podem ser facilmente modificadas por ações antrópicas que acelera os efeitos erosivos e favorece um maior deslocamento da linha de costa. As constantes mudanças espaço-temporais são resultados das inúmeras dinâmicas que se processam mutuamente, form

Oceano, El Niño e chuvas: o que será de 2024?

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Nos últimos meses foram publicados os prognósticos climáticos para o ano de 2024, são avaliações parciais provenientes de observações do comportamento térmico do oceano, divulgados por órgãos de pesquisas nacionais e internacionais, dando respostas diretas para a atmosfera, interferindo nas diferenças de pressões atmosféricas, temperturas da superfície do mar (TSM) e deslocamento de massas de ar. Algumas intituições de pesquisas divulgaram resultados mais otimistas sobre a ocorrencia e distribuição de chuvas no território brasileiro. Outros pesquisadores divulgaram resultados mais pessimistas sobre a presença de seca na Região Nordeste como consequencia do superaquecimento das águas superficiais do Pacífico  Tropical (El Niño).  O ponto convergente entre essas as duas posições é que o cenário de El Niño está instalado, motivando reduções drásticas de chuvas no primeiro trimestre do ano na Região Nordeste e chuvas acentuadas nas regiões Sudeste e Sul do país. Alguns Estados já estudam m

A praia é para quem?

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 Existe alguma área específica onde não pode haver nenhuma intervenção antropogência? Alguém monitora ou fiscaliza isso? E se há, existe justiça social que possa atender as demandas de todos, sem haver beneficiados sobre os maleficiados? O certo é que os terrenos de marinha e seus acrescidos pertencem à União (decreto-lei nº 9.760, 5 de setembro de 1946). Esses terrenos compreendem uma área de 33 metros após a linha de preamar média em 1831, medidos não somente adjacente ao mar, mas também em rios e lagos. Mas, quem tem a cartografia dessas medidas? Se há, esse documento deve ser minimamente publicado e discutido na câmara de vereadores do município, a fim de não pegar todos de surpresa em uma eventual desocupação!  Porém, sempre há surpresas quando se trata de questões fundiárias em um país que tem uma dívida história de demarcação e regularização de terras. É comum encontrar noticiários sobre desocupações de populações praianas, alegando estarem em terrenos de marinha ou mesmo sem co

O caminhar e os caminhos das mudanças climáticas!

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Os efeitos das mudanças climáticas são realidades que temos que saber ler cientificamente, suas consequências já podem ser dimensionadas em várias escalas de abrangência. É preciso pesar todos os componentes que interferem nessas mudanças, sejam eles terrestres ou astronômicos, direta ou indiretamente sobre a vida da população! O que podemos confirmar é que essas mudanças estão cada vez mais aceleradas a partir dos eventos extremos, e isso é sinal de desregulação de um determinado mecanismo, e a continuidade de tais eventos pode responder sobre os rumos que estamos seguindo, sendo possível a realização de prognósticos.  Os oceanos ditam as ordens no clima global, monitorar o seu comportamento físico e químico pode responder sobre os mecanismos do clima, indagando se há ciclos naturais, tendências de desequilíbrios ou insustentabilidades da harmonia dos elementos naturais. Nesse sentido, solicita-se aqui esse acompanhamento mais detalhado da ocorrência dos fenômenos oceânicos e atmosfér

Acordem, chegou o Antropoceno!

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 Vivemos em um período de constantes mudanças espaço-temporais, de rápidas alterações do meio natural para o artificial, das altas produções e produtivismos, das tecnologias... Enfim, do Antropoceno! Os sistemas naturais estão em desequilíbrios, fatores e elementos antropogênicos estão modificando os ciclos naturais, transformando a primeira em segunda natureza.  Na imagem a Ilha Trindade (ES), fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/pesquisadora-encontra-rochas-feitas-de-plastico-em-arquipelago-no-espirito-santo/ Cientistas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) encontraram rochas formadas por fragmentos plásticos, em um arquipélago no Estado do Espírito Santo, mais precisamente na Ilha Trindade, mostrando um sinal de alteração do ciclo geológico local. Parece uma rocha natural, mas trata-se de um verdadeiro "bólido de plástico verde", fazendo parte do sistema costeiro local, que é uma reserva natural administrada pela marinha do Brasil, local de abrigo de várias espé

Ciclo da modificação espacial praial

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  O ciclo da modificação espacial praial é uma proposta de interpretação da ação cíclica e concomitante dos agentes exógenos e endógenos, e consiste em um sistema aberto e dimensionado em multiescalas de abrangências, apesar de estar esquematizado em um ciclo com formato pentagonal (com cinco elementos constituintes) as inúmeras interações e dinâmicas podem sofrer alterações a partir do comportamento dos agentes dimensionados em escalas planetárias e astronômicas. De forma resumida, esse ciclo define a modificação do espaço praial diante da atuação de agentes endógenos (nas setas vermelhas “A”) e exógenos (nas setas azuis “B”). Dependendo da localização geográfica, haverá uma maior intensificação de um agente ou fator (uma relação dialética, mas não excludente), evidenciando assim as inúmeras diferenças geoambientais que podem ser identificadas e caracterizadas, havendo a necessidade de se (re)ajustar as formas de apropriação do espaço. Pontua-se que os elementos constituintes nesse

PERIGO! Falésias vivas!

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 As falésias são aqueles grandes paredões que estão (ou foram) sendo modeladas constantemente pela ação do mar. Tem cores variadas pela sua composição química, sua posição varia bastante de acordo com a ação abrasiva do mar, modificando a fisiografia dessas estruturas pela constante erosão marinha (natural) ou antrópica (acelerada). É claro que esse grau de modificação dependerá da litologia local e da geomorfologia do perfil praial, e essa configuração é resultante das dinâmicas em escala regionais e globais, um verdadeiro sistema aberto!  Algumas falésias são classificadas por serem vivas por estarem ainda em contato com o mar, o que torna as suas estruturas vulneráveis. Dependendo das características geológicas desses paredões e do perfil praial o desmoronamento destas feições pode ocorrer rapidamente ou lentamente. O fato de não haver um prognóstico de quando isso poderá acontecer torna-se importante evitar estar abrigado dentro destas estruturas cavernosas. Ao contrário do que alg