As praias não são iguais, é preciso zonear para melhor usar!
Já parou para pensar sobre o número de pessoas que visitam diariamente os ambientes praiais? E sobre os usos, como são diferentes as intervenções antropogênicas em trechos específicos das praias? Pensar a paisagem é estudar os seus elementos constituintes, e dependendo dessa constituição poderá haver maiores intervenções antropogênicas, e consequentemente, o processo de maior artificialização da paisagem. A respeito disso, é preciso se auto perguntar sobre: o que significa o ambiente praiano para você? Dependendo da pessoa haverá diferentes respostas para isso: no mesmo ambiente haverá aqueles que usam a praia para registrar momentos de lazer, e para outros torna-se fonte de renda por meio do comércio ambulante.
É essencial construir em conjunto com a administração pública e os órgãos não governamentais uma regionalização desses pontos, formalizando os usos e serviços prestados, criando zonas econômicas exclusivas (ZEEs): Zonas gastronômicas, para comércio, para prática de esportes (com escolinhas), para preservação ou conservação em áreas com estruturas geológicas e diversidades biológicas, entre outras. Para cada zona é preciso haver políticas públicas apropriadas para as características locais, sendo necessário também a criação de associações para fazer valer esse zoneamento.
É fácil fazer? Claro que não! Mas, com planejamento e discussões abertas envolvendo a sociedade civil é possível tornar possível esse objetivo! Todos podem colaborar e ganhar com isso, pois aqui trata-se de um cuidado ambiental que não se resume em ideias ecológicas, mas também socioambientais, como na criação de postos de trabalhos e renda em cada zona econômica. É usando o potencial geoambiental costeiro que podemos aquecer naturalmente a economia local.
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