O tráfego marítimo como forte disseminador de uma pandemia

Recentemente (16 de abril desse ano) foi noticiado que um terço da tripulação do porta-aviões Charles-de-Gaulle (França) testou positivo para a Covid-19, registrando 668 marinheiros contaminados. Eles estavam em missão há três meses e a origem da contaminação não foi reconhecida. Ainda foi afirmado que não houve contato com algum elemento externo. Além deles, o porta-avião Theodore Roosevelt (EUA) também teve a sua tripulação contaminada. 
O tráfego marítimo é um dos mais antigos meios de comunicação entre os países. Foi essencial para estabelecer os primeiros meios de contatos entre as diferentes regiões do mundo no século XV, no início do capitalismo comercial, construindo assim os primeiros processos globalizadores. Seu grau de importância econômica torna os serviços de transportes de mercadorias entre os diferentes mercados do mundo um elemento fundamental para o crescimento da economia interna dos países. Grandes toneladas de mercadorias são transportadas diariamente pelas águas oceânicas, movimentando assim uma economia globalmente conectada.
Porém, em tempos de pandemia esse aspecto (que por ora é positivo) tem o poder de disseminar em alto grau um vírus extremamente contagioso. Em menos de um semestre o coronavírus se tornou uma doença em escala global. Foi necessário o bloqueio do tráfego aéreo, terrestre e marítimo como forma de restringir essa disseminação. É evidente que o caos na economia era eminente por conta destes graduais bloqueios realizados pela maioria dos países. 
A guerra por respiradores e EPI´s (Equipamentos de Proteção Individual) entre os países reacende a intensificação do fluxo marítimo, mas sempre apertando o sinal de alerta para não gerar novas ondas de contaminações. Como de praxe, vence aqueles países que tem maior poder econômico e político, com maiores embarcações e parceiros comerciais.

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