Vídeo: quando as vias públicas invadem a área de espraiamento das ondas É comum a construção de avenidas, ruas ou trilhas (caminhos) na área de ataque das ondas. Na medida em que as cidades praianas crescem, a faixa de praia vai sendo ocupada de forma intensiva (acelerada). Essa intervenção antropogênica é um fator agressivo considerável, que obtêm a possibilidade de modificar os padrões morfodinâmicos e hidrodinâmicos da área. No vídeo abaixo, na cidade de Camocim (CE), no mês de abril (2018), o calçadão da Avenida beira-mar interfere na dinâmica natural da área (na Praia dos Barcos), bloqueando o prosseguimento do ataque das ondas, que por sua vez colidem no calçadão e depositam areia na avenida que deveriam ser retrabalhadas na faixa de praia. A constante deriva litorânea tem o seu processo natural alterado, motivando déficits sedimentares para as praias a oeste. A hidrodinâmica também é modificada, motivando em ataques de maiores energia...
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A proporcionalidade entre o mar e os seus mistérios Qual é o tamanho do mar? Até onde podemos mensurar a sua extensão? Parece uma pergunta boba, mas que tem um peso nas discussões científicas. Historicamente o mar era visto como algo misterioso, inóspito, imprevisível. Em séculos passados (XVI e XVII) não era comum a presença de casas próximas das praias, havia um vazio que deixava o ambiente praial com ares sombrios. Considerava-se em épocas passadas que as praias significavam importantes pontos para rotas comerciais na fase do capitalismo mercantilista, com grande presença de pessoas durante o dia (mercadores, fazendeiros, pescadores, navegadores, etc.). Mas quando se chegava a noite era preferível se evitar essas áreas por conta dos diversos contos e mitos que popularizam o mar como um lar de criaturas monstruosas. Com isso, as praias guardavam consigo as diversas fantasias provenientes dos contos populares. Com o tempo o perímetro urbano...