A proporcionalidade entre o mar e os seus mistérios  

  Qual é o tamanho do mar? Até onde podemos mensurar a sua extensão? Parece uma pergunta boba, mas que tem um peso nas discussões científicas. Historicamente o mar era visto como algo misterioso, inóspito, imprevisível. Em séculos passados (XVI e XVII) não era comum a presença de casas próximas das praias, havia um vazio que deixava o ambiente praial com ares sombrios. Considerava-se em épocas passadas que as praias significavam importantes pontos para rotas comerciais na fase do capitalismo mercantilista, com grande presença de pessoas durante o dia (mercadores, fazendeiros, pescadores, navegadores, etc.). Mas quando se chegava a noite era preferível se evitar essas áreas por conta dos diversos contos e mitos que popularizam o mar como um lar de criaturas monstruosas. Com isso, as praias guardavam consigo as diversas fantasias provenientes dos contos populares.
    Com o tempo o perímetro urbano das cidades começou a crescer em direção ao litoral, ocupando as faixas de praias e limitando-se (em alguns casos até excedendo) o limite do alcance do mar. O ambiente praial começou a tomar novos significados e importâncias, passou a ser considerado uma área de lazer e diversão, o que antes mantinha um significado econômico. Essa gradual aproximação proporcionou um conhecimento mais aprofundado e especializado, motivando a descoberta de espécies, do assoalho marinho, das dinâmicas naturais e dos impactos ambientais. Essas descobertas são historicamente recentes, havendo assim uma vasta área nos oceanos a ser explorado. 
    Hoje temos um desafio gigantesco: conhecer os oceanos que nos circunda (a fundo!) e protegê-los em prol da rica vida marinha. Na foto abaixo está a Praia do Farol (em Camocim - CE), no mês de abril de 2019. 


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