Vídeo: quando as vias públicas invadem a área de espraiamento das ondas

    É comum a construção de avenidas, ruas ou trilhas (caminhos) na área de ataque das ondas. Na medida em que as cidades praianas crescem, a faixa de praia vai sendo ocupada de forma intensiva (acelerada). Essa intervenção antropogênica é um fator agressivo considerável, que obtêm a possibilidade de modificar os padrões morfodinâmicos e hidrodinâmicos da área. 
    No vídeo abaixo, na cidade de Camocim (CE), no mês de abril (2018), o calçadão da Avenida beira-mar interfere na dinâmica natural da área (na Praia dos Barcos), bloqueando o prosseguimento do ataque das ondas, que por sua vez colidem no calçadão e depositam areia na avenida que deveriam ser retrabalhadas na faixa de praia. A constante deriva litorânea tem o seu processo natural alterado, motivando déficits sedimentares para as praias a oeste. A hidrodinâmica também é modificada, motivando em ataques de maiores energias das ondas sobre essas estruturas físicas. Nas praias de Camocim as ondas caracterizam-se por serem refratadas, mas nessa situação a propagação apresenta-se refletida ou difratada. Essa alteração hidrodinâmica acarretará em profundas alterações na evolução fisiográfica das feições geomorfológicas. 
    A consequência é: a constante destruição do calçadão e maiores gastos de dinheiro público!


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