Coronavirus: os municípios costeiros são os principais alvos?
Os municípios costeiros se destacam pela alta atratividade turística. Além da atividade pesqueira, o setor turístico representa um importante pilar para a economia destes municípios, proporcionando a geração de empregos e rendas.
A grande proporção de visitação para os municípios costeiros gerou um maior movimento de capitais, permitindo assim o crescimento econômico na intensificação de investimentos variados. No Brasil, as maiores aglomerações (concentrações) demográficas se localizam nas regiões costeiras. O principal motivo está na histórica exploração comercial do pau-brasil e da cana-de-açúcar, ocasionando o desenvolvimento das primeiras vilas e cidades nas regiões costeiras.
A maior cidade do Brasil (São Paulo) não está situada na região costeira, mas a sua proximidade com o porto de Santos permitiu um grande escoamento de sacas de café (principal matéria-prima para o comércio externo), favorecendo assim o seu crescimento econômico.
Por apresentar essas características, os municípios costeiros se tornaram espaços propícios para a disseminação do coronavirus (SARS-COV-2) neste ano (2020). A concentração demográfica nas grandes metrópoles favoreceu o alastramento desse virus, obrigando as autoridades públicas a promover bloqueios nas entradas das cidades.
Essa desproporção (desigualdade) na distribuição demográfica permitiu a instalação de situações alarmantes em muitas metrópoles brasileiras, como no caso de Fortaleza no Estado do Ceará, que registrou um avançado número de casos e óbitos. A alta concentração demográfica, o alto poder de atratividade turística e a proximidade com os países do hemisfério norte (em especial o continente europeu, epicentro do coronavirus no mês de abril de 2020) foram os principais motivos para essa situação.
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