Famílias que habitam no litoral: como sobreviver diante das ameaças de expulsão?
As regiões costeiras são espaços cobiçáveis, pois são consideradas pelos empresários como lugares prósperos e rentáveis. A beleza cênica das praias é um fator essencial para o desenvolvimento do turismo nos municípios litorâneos, um importante setor econômico que movimenta muito dinheiro, principalmente nas datas comemorativas e em períodos de férias.
Diversas praias no Brasil são consideradas desertas pela dificuldade de acesso, tornando estes ambientes ainda mais cobiçados por diversos investidores nacionais e internacionais. Porém, lá moram famílias que residem há décadas, sobrevivem da pesca artesanal e mantém uma vida pacata e tradicional. É comum as passagens de ensinamentos e dos bens materiais dos pais para os filhos, que impedem que tradições familiares deixem de se perpetuar para as futuras gerações.
Sabendo dos problemas de justiça ambiental no país, alguns empresários (brasileiros e estrangeiros) invadem as terras dessas famílias litorâneas, ameaçam expulsá-las de forma arbitrária e autoritária, desrespeitando todos aqueles que residem nestes espaços. Se promovem como donos das terras e se intitulam como verdadeiros incentivadores do progresso econômico do município. Porém, por vezes eles pouco geram empregos, causam problemas ambientais e expulsam famílias dos seus lares (um absurdo)!
É preciso defender as famílias que sempre estiveram morando nas áreas litorâneas, que já sofrem por não serem atendidos de forma justa e decente pelo poder público (assim como todo brasileiro!). O que resta para estes investidores é buscar junto com o poder público áreas propícias para a instalação das suas estruturas, observando e discutindo a respeito das condições ambientais e socioeconômicas.
Logo abaixo está um link de um vídeo sobre uma denúncia feita pelos moradores da Praia das Caraúbas (em Camocim, litoral oeste do Ceará), que estão sendo ameaçados de serem expulsos por empresários italianos.
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