A riqueza dos manguezais!

A vegetação de mangue é um importante agente na "bioestabilização" do sistema estuarino, agindo como repositora dos sedimentos fluviais, reguladora dos transportes dos sedimentos eólicos, amenizadora dos efeitos das inundações e do avanço das marés, na manutenção da linha de costa e na purificação das águas. 
No período chuvoso há um intenso transporte de sedimentos e nutrientes para os estuários, favorecendo assim o desenvolvimento dos mangues, que estão presentes em ambientes onde há o encontro da água doce do rio com a salgada do mar. A diminuição da densidade das águas superficiais no Oceano Atlântico é motivada pela presença de massas de águas mais quentes e menos salinas, que transportadas pelas correntes marinhas invadem os estuários, levando altas concentrações de nutrientes como o fósforo, nitrogênio e silício. 
Nas margens dos rios há uma maior concentração de sedimentos finos, apresentando assim um solo com características lamosas, proporcionando o desenvolvimento do ecossistema manguezal. A biodiversidade faunística é bastante variada, constituída por moluscos, crustáceos, peixes e aves. Por outro lado, a diversidade florística não é variada. Porém, essa vegetação tem alto valor econômico, podendo ser identificada uma alta pressão antrópica que influencia em aceleradas degradações. 
Observa-se logo abaixo a presença da vegetação de mangue nas margens do Rio Coreaú, no município de Camocim, Estado do Ceará (abril de 2019).


Segue abaixo alguns trabalhos que discutem o assunto em questão.

Fontes:

COLARES, M. C. S.; PINHEIRO, L. S.; MENEZES, M. O. B.; MORAIS, J. O. Caracterização sedimentar do canal do estuário do Rio Coreaú, Estado do Ceará, Brasil. Arquivo Ciências do Mar, 49 (1), p. 5 – 12, 2016.
MEIRELES, A. J. A.; CASSOLA. R. S.; TUPINAMBÁ, S. V.; QUEIROZ, L. S. Impactos ambientais decorrentes das atividades da carcinicultura ao longo do litoral cearense, nordeste do Brasil. Mercator, v. 6, n. 12, p. 83 - 106, 2007.
MORO, M. F.; MACEDO, M. B.; MOURA-FÉ, M. M.; CASTRO, A. S. F.; COSTA, R. C. Vegetação, unidades fitoecológicas e diversidade paisagística do Estado do Ceará. Rodriguésia 66 (3): 717 – 743, 2015. 

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